Projeto de Felipe reserva 20% das vagas de vigilantes a mulheres

Obra “Gestão de Riscos na Segurança Patrimonial”: manual para empresários e consultores de segurança
2 de junho de 2016
Livro que foi lançado em Abril, “Gestão de Riscos na Segurança Patrimonial” é destaque na revista Exame
3 de junho de 2016

Projeto de lei apresentado na sessão desta terça-feira (31) pelo deputado estadual Felipe Orro (PSDB) reserva 20% das vagas nas empresas da área de vigilância, segurança e transporte de valores para profissionais do sexo feminino. A iniciativa tem o respaldo do sindicato da categoria, que vê com preocupação a dificuldade de contratação de mulheres vigilantes.

O deputado argumenta que as mulheres recebem o mesmo treinamento que os homens e estão, portanto, igualmente capacitadas para o desempenho das funções. Mas a preferência das empresas é por vigilantes homens.

O projeto não altera o quadro de pessoal já definido nas empresas, passa a valer apenas para as novas contratações. Ou seja, de cada quatro novos vigilantes que forem contratados por uma empresa, um tem que ser do sexo feminino.

Ademais, a presença de uma segurança do sexo feminino é indispensável em grandes empresas ou eventos para o trato com as mulheres, no caso de ser necessária uma revista, por exemplo. “A lei só vem regulamentar isso”, frisou.

O presidente do Sindicato dos Vigilantes, Celso Adriano Gomes da Rocha, agradeceu ao deputado Felipe Orro por defender os interesses da categoria e ressaltou a importância do trabalho do vigilante para preservar a vida tanto de funcionários como do público que frequenta as empresas, sobretudo de instituições financeiras.

Celso Rocha falou para os deputados na sessão desta terça-feira, a pedido de Felipe Orro, e cobrou uma ação da Assembleia no sentido de se fazer cumprir a Lei Estadual 2.378, de 2001, que obriga todas as empresas bancárias e agências dos Correios a contratarem vigilantes.

Segundo ele, são 1,4 mil vigilantes só em Campo Grande e 9,6 mil em todo Mato Grosso do Sul. “Os bancos em geral já cumprem a lei, mas as casas lotéricas e algumas agências dos Correios ainda não”, frisou.

Felipe Orro também apresentou indicação ao secretário de Segurança Pública do Estado nesse sentido.

Leia a íntegra do projeto:

Artigo 1º. Fica estabelecido o percentual mínimo de 20% para contratação de segurança e vigilantes do sexo feminino pelas empresas prestadoras de serviços nas áreas de segurança e vigilância, bem como, na de transportes de valores, contratadas por órgãos e entidades integrantes da Administração Pública Direta e Indireta dos Poderes do Estado de Mato Grosso do Sul.

Artigo 2º. A exigência que se refere o artigo anterior incidirá sobre as novas contratações e renovações de contratos, devendo constar expressamente nos editais de licitação para a contratação de empresas prestadoras de serviços de vigilância e segurança, qualquer que seja a modalidade adotada.

Parágrafo único. Aplica-se a reserva ora prevista, inclusive, em casos de dispensa e/ou inexigibilidade de licitação.

Artigo 3º. Caberá aos executores dos contratos a verificação do cumprimento da presente Lei.

Artigo 4º. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir de 1º de janeiro de 2017.

 

Fonte: Portal Jornal Dia a Dia

Link de acesso: http://jornaldiadia.com.br/2016/?p=154895

Redação FENAVIST
Flávia Di Ferdinando
Lorena Braga

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

X