A insegurança abre espaços para oportunistas

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Asfixiada pela sensação de impunidade, falta de segurança e principalmente pelo crescimento vertical dos índices de crimes e da violência, a comunidade adota diferentes critérios na tentativa de conseguir uma proteção mínima. 

Em Ponta Grossa, a criação dos grupos de whats app tem um crescimento perceptível, muito embora a eficiência deste aplicativo, para este fim, ainda requer melhor avaliação.

 
Outra prática muito comum em Ponta Grossa, adotada por moradores principalmente nos bairros, é a contratação de autônomos que realizam atividades de vigilância. Este tipo de serviço é realizado com motocicletas ou a pé, mas quem o executa o faz de forma clandestina. 

Geralmente não possui curso, experiência ou habilidade para a função.

Dados do setor de segurança privada indicam que a clandestinidade cresce no segmento. No Paraná, cerca de 10 mil vigilantes atuam de forma ilegal, sem qualquer tipo de fiscalização. 
É necessário ressaltar que apenas pessoas armadas não bastam para tornar a casa ou condomínio mais seguro. É preciso um projeto de segurança, que inclui análise de risco, normas e procedimentos e plano de contingência, sendo este último típico relativo a situações emergenciais. Esse tipo de planejamento somente as empresas credenciadas costumam fazer, o que não se aplica no caso das clandestinas.
 
Matéria publicada hoje pelo Jornal da Manhã revela que moradores do Núcleo Costa Rica decidiram contratar uma pessoa para atuar como segurança dentro do ônibus do transporte coletivo, sob a justificativa do aumento da incidência de roubos. Essa atitude assemelha-se à decisão adotada anos atrás por ruralistas, que contratavam 'capangas' para proteger suas fazendas das invasões e dos roubos.
 
Tanto quem contrata como quem executa este tipo de serviço age no arrepio da lei. Geralmente são pessoas oportunistas que objetivam apenas o lucro financeiro.

No entanto, essas medidas reforçam a descrença da sociedade em relação ao Estado, que não consegue prover a segurança.

 

FONTE: JM – Jornal da Manhã – Ponta Grossa – PR

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