Por Tácito Augusto Silva Leite*
Em várias palestras realizadas ao longo dos últimos anos, uma pergunta se repetia quase que como um mantra: Qual será o futuro da gestão da segurança dentro das organizações?
Minha resposta, invariavelmente, era: Integração!
Para que outros colegas e amigos confiram o significado inteiro dessa resposta, tentarei neste breve artigo apresentar uma linha de raciocínio que parece lógica para mim.
Para não me estender e ainda assim levar conteúdo a quem queira se aprofundar no tema, envio abaixo o que seria uma sequência lógica acompanhada de links contendo argumentações que poderão munir as mentes inovadoras, que queiram se diferenciar e antecipar o futuro, levando a segurança ciberfísica para dentro de sua organização.
Embora a segurança da informação (ou do conhecimento), a segurança física corporativa e a gestão de riscos sejam matérias existentes há milhares de anos, vou me ater às últimas décadas. Para não ser muito prolixo, deixarei essa história milenar para outra ocasião e agora vou me concentrar em três linhas de argumentação.
Vejamos primeiro algumas bases teóricas e fundamentos práticos em defesa da segurança ciberfísica:
Agora pensemos nas funções e responsabilidades dos gestores de segurança ciberfísica:
E, por último, vejamos o que já está sendo feito, como e por quem:
10. Até mesmo tradicionais prestadores de serviços de vigilância como a Prosegur já oferecem o serviço de cibersegurança há vários anos. Saiba mais clicando aqui.
11. A Prosegur comprou recentemente a empresa Dognaedis, do setor de cibersegurança, para ampliar seu portfólio e fortalecer sua posição como fornecedor de serviços de cibersegurança. Saiba mais clicando aqui.
12. Até a tradicional distribuidora de equipamentos de segurança eletrônica, a WDC Network, já tem 10% de seus parceiros dedicados ao tema de cibersegurança (Check Point, Lidera, Panda, Sophos etc.). Saiba mais clicando aqui.
Se sua empresa atua no ramo da proteção física, vigilância, segurança eletrônica e planeja entrar com responsabilidade no mercado da cibersegurança, recomendo conhecer o projeto LivingSafe.
No nível tático, a segurança eletrônica (câmeras, alarmes, controles de acesso etc.) tem usado cada vez mais os bancos de dados e as redes computacionais. Ou seja, os subsistemas de segurança física também necessitam de segurança cibernética. Por outro lado, sem a proteção física também seria impossível garantir a segurança dos ativos de informação no ambiente empresarial.
De forma prática, as organizações que optaram por ter uma função de gerenciamento de segurança de maneira integral têm proporcionado maior segurança e resiliência a um custo menor. Além disso, comprovar zelo pelos ativos da empresa aumenta o valor de suas ações.
E, é bom salientar, as companhias sem um bom alicerce de conhecimento, baseado em pessoas, terão pela frente um grande desafio para vencer a inércia organizacional e cumprir a meta de integração.
No nível estratégico, os CEOs e os conselhos de administração, motivados em parte por um novo conjunto de padrões de segurança, ou até mesmo pela pressão das bolsas de valores, querem ter uma visão global do risco operacional da empresa. Assim, com outra abordagem atual, o CSO pode conduzir junto com outros grupos um Enterprise Risk Management (ERM) para diminuir incertezas e aumentar a resiliência corporativa.
Minha resposta, continua sendo: Integração!
Tácito Augusto Silva Leite está Country Manager da Lidera, diretor do Departamento de Defesa e Segurança da FIESP, autor do livro Gestão de Riscos na Segurança Patrimonial e mantenedor da Biblioteca de Segurança.
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