A Coordenação-Geral de Controle de Segurança Privada da Polícia Federal (CGCSP/DPF) atendeu, parcialmente, pedido feito pela Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores (Fenavist) e pelo Sindicato das Empresas de Segurança Privada, segurança Eletrônica e Cursos de Formação do Estado de São Paulo (Sesvesp). As entidades solicitaram que os psicólogos credenciados junto à PF pudessem continuar a aplicar exames dentro das dependências dos cursos de formação. Em memorando-circular enviado a todas as superintendências estaduais, a CGCSP orientou que fossem suspensas as autuações dos profissionais enquanto estudos não forem realizados. No entanto, a Coordenação-Geral deixou claro que a medida não interfere nas ações que venham a ser adotadas pelos Conselhos Regionais e Federal de Psicologia.
O pedido das entidades foi motivado pela determinação de que os psicólogos não poderiam mais realizar exames nas dependências dos cursos de formação para evitar conflito de interesse com as escolas. No ofício enviado à CGCSP, Fenavist e Sesvesp argumentaram que o simples fato do psicólogo se dirigir as dependências das empresas não cria vínculo, o que é comprovado pela existência de reprovações rotineiras.
Foi exposto ainda que, ao aplicar o teste dentro das escolas, o profissional pode acompanhar o vigilante durante todo o curso, o que possibilita uma avaliação mais completa. Por fim, foi levantada a preocupação quanto à fiscalização, uma vez que ao pulverizar os atendimentos, será muito mais difícil para os cursos terem a certeza de que o exame foi feito, assim como para a própria Polícia Federal.
Diante deste quadro, as entidades solicitaram que fossem restabelecidas as regras anteriores e, em caso de negativa, que fosse dado maior tempo para que o mercado de segurança privada se adaptasse as mudanças de forma menos traumática. Com a decisão tomada na semana passada, a Polícia Federal isenta as empresas, temporariamente, de multas. No entanto, não impede que os órgãos responsáveis por fiscalizar a atuação dos psicólogos adotem sanções.
Ascom/Fenavist
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